• ti A mão da tecnologia no comércio exterior

    Para as empresas que têm parte ou a totalidade do negócio ancorada nas importações, ir às compras pode significar uma peregrinação que necessita muito controle não apenas do orçamento, mas muitas vezes para a melhor consolidação dos pedidos de dezenas de produtos adquiridos de diferentes fornecedores, visitados ao longo de uma mesma viagem.

    Enquanto a equipe muito bem treinada de compras viaja ao redor do mundo, é preciso que uma boa retaguarda na base brasileira, formada por profissionais multidisciplinares que incluem especialistas fiscais, financeiros, de marketing, de vendas e hoje em dia, imprescindível, um profissional da Tecnologia da Informação (TI), funcione com sinergia.

    Porém, neste caso, a TI precisa estar apta a desenhar soluções muito peculiares que garantam leitura e feedback rápidos das etapas de compra e do impacto que tais escolhas terão sobre as estratégias da equipe de venda. Afinal, a milhas de distância, a equipe de venda dependerá do sucesso das boas compras no mercado externo, seja pelos melhores preços e condições de pagamento como pelo prazo de entrega, para encerrar com sucesso o ciclo de compra e venda.

    O primeiro desafio da TI é compatibilizar módulos de sistema, criados a partir destas necessidades específicas, aos grandes sistemas que seguem padrões de demandas internacionais. Lembre-se que o Brasil tem regras muito peculiares e das mais complicadas para a importação e, por conta disto, os sistemas das grandes marcas não atendem aos detalhes que o gerenciamento das nossas importações exige, tanto para a classificação de produtos quanto para os infindos cálculos de impostos.

    Na Intermares, além de trabalharmos com um sistema específico que se integra aos grandes sistemas de Enterprise Resouce Playning (ERPs), tivemos a ousadia de criar ferramentas adicionais que, por exemplo, geram relatórios com apontamento de custo de importação por item e controlam a emissão de cada pedido de compra a fim de gerar um só embarque de carga, facilitando, inclusive, nos casos de fiscalização.

    Um dos ganhos efetivos desta solução customizada à realidade de cada cliente é, entre outros, a possibilidade de controle de custo antecipado que facilita a negociação prévia da equipe de venda, antes mesmo da chegada da carga o Brasil. Outro ganho de eficiência é a gestão eletrônica dos documentos, que permite o cliente acessar informações atualizadas de qualquer local. Estes são alguns exemplo ganho de tempo gerado pelo uso eficaz da tecnologia e que se reflete em evidente ganho de performance do processo de importação.

    por Michel Duarte é gerente de TI na Intermares Trading
  • terceira A expertise da terceirização

    A terceirização entrou na pauta dos gestores corporativos há algumas décadas, em grande parte, como estratégia de redução de custos com os encargos trabalhistas. Porém, alguns setores de serviço são muitos mais do que garantia de solução para que as empresas contratantes reduzam gastos. São, na verdade, especialistas com alto valor intelectual na área na qual atuam e, por isto, tornam-se naturalmente mais eficazes como prestadores de serviço do que na condição de profissional contratado.

    Imagine um médico laboral. Muito melhor que ele seja um prestador de serviço que mantenha-se conectado com os avanços de seu campo profissional, do que fique recluso em ambiente corporativo, distante dos avanços da medicina.

    Neste contexto da terceirização estratégica, quero ressaltar a importância das tradings com seus processos minuciosos de importação e exportação. No início da atual crise econômica da qual o Brasil segue lutando para emergir, tivemos um caso emblemático de um grande importador que tomou a decisão de montar a própria estrutura de importação, aparentemente com o objetivo de reduzir custos. Nosso cliente está de volta. Sabemos que seu retorno não se justifica por custos – sejam maiores ou menores -, mas pelo entendimento do que viveu na prática: o processo, especialmente de importação, não tem sucesso garantido a partir de maior ou menor custo operacional.

    Nesta seara o que vai pesar no resultado final é conhecer os meandros burocráticos. A eficácia, porém, não pode ser confundida como serviço fácil. Um bom trader tem de entender de Brasil. Nosso país é reconhecidamente um dos que adota as regras mais duras para a importação ao redor do mundo. Portanto, o cliente que opta pela terceirização do comércio exterior compra segurança, confiança e a certeza de que os riscos de insucesso serão minimizados, considerando que a maior variável está relacionada à fiscalização nos portos. Neste ambiente, a Intermares em 40 anos de mercado colhe seus frutos ao registrar máxima incidência de cargas liberadas pelo chamado Canal Verde, quando a mercadoria tem liberação sem inspeção física e documental. Isto se deu através do nosso trabalho ininterrupto que nos rendeu expertise e um olhar aguçado para os detalhes, que só a prática diária ao longo de quatro décadas poderia permitir. Nosso histórico na importação de mais de uma dezena de segmentos de produtos, também nos conferiu confiabilidade frente aos órgãos reguladores do comércio exterior no país e, hoje, o que fazemos é partilhar nosso patrimônio de conhecimento e prática em favor de nossos clientes.

    Luciana Silva é gerente Operacional da Intermares Trading